Com um investimento de R$ 523,5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as obras que triplicarão a área e a capacidade operacional do aeroporto de Vitória (ES) serão retomadas. Nesta quinta-feira (25), o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, assinaram a ordem de serviço para retomar os trabalhados paralisados em 2009 pelo Tribunal de Contas da União (TCU).O empreendimento prevê um novo terminal de passageiro de 28 mil metros² e com 31 balcões de check-in, 75 pontos comerciais, cinco posições de embarque/desembarque em pontes (“fingers”) e três posições remotas (sem o auxílio das pontes); a ampliação da capacidade operacional para 10 milhões de passageiros por ano; um pátio para trânsito e estacionamento de aeronaves com 45,3 mil m²; uma nova pista de pouso e decolagem que terá 2.058 metros de extensão por 45 metros de largura capaz de receber aeronaves do tipo 767-300; e dez novas pistas de taxiamento, interligando a nova pista ao pátio de aeronaves.
Compõe o empreendimento, também, a construção de uma nova central de utilidades (CUT), que reúne os sistemas de apoio para operação do terminal de passageiros e das pistas e pátios do aeroporto.
O ministro Padilha destacou que a ordem de serviço do aeroporto de Vitória foi a primeira a ser assinada pela Secretaria de Aviação Civil após da aprovação do orçamento dos ministérios. “Como venho afirmando desde o início do ano, Vitória é uma prioridade para o governo federal”, disse.
Duas obras da Infraero para atender ao novo terminal já estão prontas. Uma delas é a nova torre de controle, na qual foram investidos R$ 16 milhões do PAC. A outra é a nova Seção de Combate a Incêndio (SCI), agora com 2,6 mil m², quase quatro vezes a atual, que contou com R$ 9,9 milhões em recursos do programa.
HISTÓRICO
As obras do aeroporto Eurico Sales foram iniciadas em 2005 e o contrato foi rescindido em maio de 2009, após a Infraero acatar acórdão do Tribunal Contas da União (TCU), que passou a reter parte dos valores contratuais. Até a paralisação, foram executados 40% dos serviços. O valor do primeiro contrato era de R$ 337,4 milhões.
Em 2012, a Infraero e o consórcio responsável pelo primeiro contrato firmaram um termo de acordo com o objetivo de definir parâmetros e condições para a retomada das obras. Foram assinados dois aditivos ao contrato para atualizar e complementar o projeto executivo e orçamento do novo terminal e da infraestrutura.
Após a complementação dos projetos e orçamento, o material foi enviado ao TCU, que não aprovou a proposta de retomada do empreendimento com o primeiro consórcio construtor e determinou a realização de novo processo licitatório. O novo processo licitatório, realizado nos termos do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), se encerrou no final de 2014 e o consequente contrato foi assinado em fevereiro deste ano com o consórcio Jota Ele/Damiani/Empo, vencedor do processo.
Com informações da SAC e da Infraero.
"Vitória será inserida no mesmo patamar que outros aeroportos, como Brasília. Teremos um espaço três vezes maior do que o atual. Este aeroporto vai receber boeing 767 e, com isso, vai aumentar o envio de cargas para outros estados", afirmou Padilha.